Edelzute Abreu Ramos
Nasceu em Cachoeira Grande em 1943, filha de Sebastião Pereira Ramos e Luzia Abreu Magalhães (Zizi). Na infância de trabalho bruto, trabalhou tocando boi no engenho de madeira, catando e plantando feijão, mandioca e na produção de farinha. E sua diversão era brincar com as demais crianças de esconde-esconde. Sua primeira professora foi Helenita Magalhães na Cachoeira Grande. Sua segunda professora foi dona Abeltinna Vieira (com 4 a 5 anos em Paramirim, fundamental).
Morou em Paramirim na casa do seu avô Clóvis, sempre envolvida com teatro e música. Posteriormente voltou para a casa de seus pais em Cachoeira Grande e continuou estudando com a professora Dona Helenita, Dulce, irmã de Senhorzão. Mudou para a sede em 1956, aos 11 anos, e continuou estudando com Dulce Viana Cardoso. Participava de vários eventos solenes lendo os discursos escritos pela professora. Ao concluir o 5º ano, continuou na escola auxiliando sua professora (pois não tinha condições de continuar estudando) e também substituía a professora dona Fifi quando esta faltava. Ela dizia: “Edelzute, instrui-te para que tu possas andar pela estrada escabrosa da vida; transmita a teus filhos a instrução, que o dote que não se perde, direito que não gasta, liberdade que não se limita.”
Em 1962, Água-Quente foi emancipada, e ela foi nomeada auxiliar de contabilidade da prefeitura, trabalho que exerceu por sete anos. Casou-se aos 23 anos com o viúvo José Caires Cardoso (Juquinha), de 54 anos, com quem teve dois filhos: Josézute Ramos Cardoso e Cleomaes Ramos Cardoso. No Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães (CEACM), era cinesista de Água-Quente, construído pelo Sr. Ademário Cardoso. De 1976 a 1982, ocupou o cargo de vereadora.
Com o pensar do tempo e o intuito de ajudar e facilitar a vida da população de Água-Quente, viajou para Salvador, se capacitou e fundou na cidade o FURURAL, onde as pessoas solicitavam a aposentadoria. Em 1987, fundou o sindicato com o auxílio do diretor da Fetag, Dirlemando, que veio para essa finalidade. De 1999 a 2004, foi vereadora novamente, período em que contribuiu para a construção da ponte da Malhadinha, Barra e Tamboril; de uma barragem em Pedrinhas; cisternas em várias comunidades; e banheiros públicos em Rio da Caixa, Malhadinha, Cordeiros, Ovos e Santarém.